Wine not? Vinícolas do centro sul de Portugal
Prédio da vinícola Adega Cartuxa - Fundação Eugénio de Almeida
Em Évora desde 1756, esta vinícola –transformada na Fundação Eugénio de Almeida em 1953– produz seis marcas de vinhos, entre elas o Pêra-Manca (de venda limitada a uma garrafa por pessoa, a € 169,50). São mais de 450 mil hectares plantados, bastante para os padrões alentejanos.
Cerca de 10 mil pessoas ao ano, metade delas brasileiras, visitam a sede, que também abriga um convento de monges cartuxos, marcados pelo isolamento.
Câmaras de mármore do século 18 para pisa de uvas na Quinta de Dona Maria
Também chamada Quinta do Carmo, a adega de Julio e Isabel Bastos ocupa um terreno imponente: uma construção de 1710 cuja origem remonta a um presente de dom João 5o para uma amante.
Por lá, um largo pátio cercado por, por exemplo, uma capela repleta de ouro e azulejos pintados à mão, câmaras de mármore onde é feita a pisa das uvas. É possível agendar visitas e ser recepcionado pelos proprietários em um almoço com clima de realeza do século 18.
Vinhedos da vinícola Herdade do Sobroso, no Alentejo
A herdade de Sofia e Filipe Teixeira Pinto fica em uma região chamada serra do Mendro, um tanto distante de Évora, e tem 70% dos 1.600 hectares em vegetação natural. Eles produzem 11 rótulos, exportados para 17 países, inclusive o Brasil.
"Buscamos um vinho que tenha aceitação, mas que não fuja a nosso 'terroir'", diz Sofia. Além de hotelaria e gastronomia de pendores clássicos, a visita tem opcionais que incluem passeios de balão.
Barricas de carvalho na adega da Herdade dos Grous
O grou é um pássaro grande, entre a cegonha e o flamingo, hoje em risco de extinção; dá nome à propriedade em menção a um passado quando eram abundantes ali. O local oferece provas (de € 5 a € 25) e tem um hotel e um restaurante. O enólogo Luis Duarte é o diretor-chefe do lugar: logo na primeira "vindima", em 2004, ganhou prêmios de melhor vinho tinto do Alentejo. Em São Paulo, as garrafas aparecem em restaurantes como Fasano e Coco Bambu.
Vinhedo da vinícola Herdade da Malhadinha Nova
Apesar de se chamar herdade, a Malhadinha é um empreendimento jovem, iniciado em 1998 pela família Soares, que já atuava na distribuição de bebidas e comprou a propriedade de 450 hectares, 33 deles dedicados às vinhas.
Também possui hotel (com apenas dez quartos) e restaurante impecáveis. Seus rótulos, também facilmente encontráveis em São Paulo, têm temática infantil e costumam trazer desenhos feitos pelos filhos dos donos.