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Onde comer nas Aldeias, que agora são Maravilhas de Portugal


Dornes

O restaurante O Rio na aldeia de Dornes, é uma casa familiar dedicada à gastronomia local, onde o bucho recheado, os maranhos e a tarte de chícharo também aparecem na ementa. A esplanada debruçada sobre o rio é onde vai querer fazer as refeições.

Sistelo

É conhecida como o “Tibete português” pela organização em socalcos que demonstram uma forma secular de cultivo de milho e pastagem de gado. É precisamente nos socalcos que envolvem a aldeia que se encontram os pastos onde vive feliz a raça Cachena, bovinos de pequeno porte originários do Alto Minho e com denominação DOP desde 2002, que aqui se servem em posta grelhada ou frita e a acompanhar com arroz de feijão terrestre. O restaurante Casa Real - O Matadouro, é uma casa familiar que se especializou em carne barrosã mas que entretanto alargou o serviço ao sistema de buffet. A vista sobre o Rio Vez é um acrescento simpático.

Castelo Rodrigo

Faz parte da lista de Aldeias Históricas e foi objeto de uma profunda remodelação, na década de 90, que lhe devolveu o tom ocre que pinta as casas e o que resta do castelo, construídos em granito rosa, um material exclusivo da região Centro e que tem nesta pequena aldeia representante única em Portugal. Para comer, a Taverna da Matilde, na vila, é um dos raros restaurantes que lá vai sobrevivendo à pouca procura. Tem a particularidade de abrir as portas a meio da tarde, mas em função deste horário há muitos clientes que começam por lanchar e acabam por ficar jantar. Percebe-se porquê depois de se provar o queijo regional, os enchidos ou a sopa de Gravanços. O borrego da Marofa na brasa é um clássico da casa, bem como as alheiras com grelos, o javali estufado e o naco na pedra.

Monsaraz

Considerada um dos miradouros mais bonitos do Alentejo, já antes de 2002, quando foi criado o Grande Lago Alqueva, Monsaraz se gabava de ter uma panorâmica de sonho com prado a perder de vista. Desde então, o que se vê logo ali a banhar a aldeia é o maior lago artificial da Europa e isso, apesar de tudo, acrescentou-lhe ainda mais encanto. Terra de bons comeres e beberes (tem a maior cooperativa vitivinícola do país), tem um restaurante cuja vista para o Alqueva podia servir de postal ilustrado da região. Acolhedor e com boa cozinha regional, o restaurante Sabores de Monsaraz mantém-se no alto nas redondezas do Alqueva. A carta presta homenagem à saborosa gastronomia alentejana, com o borrego ou a carne de porco preto, as migas gatas com bacalhau e coentros e, nos doces, a encharcada e o arroz doce.

Rio de Onor

É uma das poucas aldeias em Portugal que se rege por um esquema comunitário tal como era antigamente, num regime que aplica a regra da partilha como fundamento básico da vida em sociedade. Partilha de fornos comunitários, de terrenos agrícolas e de pastoreado são os três pilares de funcionamento da aldeia de Rio de Onor que hoje, apesar da população envelhecida, ainda se mantém adepta deste modelo. O cumprimento de regras está adjudicado a uma Vara de Justiça, cujas coimas aplicadas são pagas em medidas de azeite ou vinho. A pouco mais de 30 minutos de Bragança, tem ainda a particularidade de ser cruzada a meio pela fronteira oficial que divide Portugal e Espanha, motivo pelo qual ambos lados da aldeia tenham um dialeto próprio muito semelhante ao mirandês. Em matéria de comida, predomina a gastronomia tradicional transmontana, com forte aposta nos enchidos, nas batatas, nas castanhas e na carne de caça. Para comer a sério, desça em direção a Aveleda e, quase no final do caminho, encontra o snack-bar O Careto, que acumula funções de casa de pasto e fumeiro tradicional. Serve petiscos variados e pratos confecionados em forno a lenha.

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